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Tintos

Como é feito o vinho?

O vinho tinto é o mais consumido no mundo, cerca de 80% das pessoas tem ele como preferência quando se referem a vinhos, além do apelo voltado para a saúde onde estudos comprovaram que certas substâncias são sintetizadas ajudando positivamente no sistema cardiovascular e combatem os radicais livres que aceleram o envelhecimento.

Então vamos entrar neste universo e saber de forma simples as etapas para se chegar a bebida de Baco.

O vinho segundo muitos vinhateiros (pessoa que elabora) não é feito e sim elaborado, e a vinificação (conjunto de processos utilizados para transformar a uva em vinho) é arte e ciência, cada vez menos arte e mais ciência devido a novas técnicas de manuseio e produção da bebida.

Em geral o vinho tinto é feito de uvas tintas, mas nem sempre, alguns levam uvas brancas em baixas proporções, caso dos italianos Chianti e dos franceses Cotês Du Rhône e Châteauneuf Du Pape etc.

O vinho tinto tem um processo de elaboração mais complexo que os brancos e roses, mas perde em grau de dificuldade para os espumantes, Champagnes e doces. No entanto vinhos brancos exigem maior cuidado e delicadeza para evitar oxidação e atenção para temperatura que a fermentação ocorre não seja muito elevada.

Colheira Mecanizada

Máq. Colheitadeira

A uva é colhida em seu melhor estado, é claro que em seu vinho existem uvas mofadas e verdes, contudo em pouquíssima quantidade. A uva é colhida manualmente ou de forma mecanizada, a primeira preserva mais a uva, geralmente são utilizadas pequenas caixa para que o peso não esmague os cachos quando são colocadas umas sobre as outras nesta caixa.

A colheita é feita ainda de madrugada, antes que o sol nasça e aqueça demais a uva evitando-se fermentações prematuras.

Desengaçadeira

Rosca sem fim

Então os cachos são selecionados para evitar que insetos, gravetos e folhas passem adiante no processo de elaboração, pós seleção elas são depositadas em tanques abertos que por meio de um mecanismo chamado roscas sem fim elas são transportam até a desengaçadeira (aparato centrífugo) nome estranho mas ela é responsável em separar somente os bagos (cada bolinha) do cacho de uva, e través de um imenso tubo tais bagos se separa dos engaços (os pauzinhos do cach
o da uva). Quanto menos bombeados as uvas e seu mosto melhor controle sobre a oxidação se terá sobre o vinho. Pós separação os tais engaços são separados e viram compostagem para adubo.

Prensa

Prensa

Chegada a parte do pisoteio, é claro que tal recurso era utilizado antigamente quando não se podia contar com aparatos industriais como as prensas que simulam pisadas delicadas para esmagar as uvas, tal ambiente é controlado pois uma vê utilizado força excessiva neste processo as uvas vão se esfarelar e quebrar as sementes liberando assim sabores muito amargos prejudicando o resultado final da elaboração do vinho. Esta prensa utiliza lonas infladas por ar comprimido para realizar tal tarefa e então eis que o líquido obtido por essa prensagem recebe o nome de mosto ou mosto flor ainda misturado o suco, cascas e sementes e é considerado o melhor, onde através deste mosto se derivam vinhos mais aromáticos e delicados. Pós mosto flor vem o mosto de 2ª prensagem que se torna muito ácido e tânico (sensação de adstringência ou amargor na boca), o que não a torna menos importante uma vez que este mosto será utilizado na elaboração de outros vinhos equilibrando/balanceando sua estrutura, corpo, álcool, acidez e taninos.

Mosto extraído é encaminhado para cubas/tanques de inox para fermentação e com rigoroso controle de temperatura ocorrendo assim a fermentação que é o processo e os micro organismos contido na pele da uva (chamados de leveduras) “atacam” o açúcar contido no mosto convertendo o açúcar em álcool etílico e gás carbônico tal processo denomina-se fermentação alcoólica, e nesta etapa também a própria fermentação eleva a temperatura do mosto fato este que requer a preocupação com a temperatura. Se não houver este controle pode-se perder todo o mosto e ou o vinho adquirir aromada desagradáveis como por exemplo cheiro de repolho ou brócolis cozendo.

miolo_02 - Tanque Inox

Tanques de Inox com cintas de controle de temperatura

Os vinhos tintos geralmente seguem padrão de temperatura para fermentação algo em torno de 22 e 32 graus centígrados.

Algumas regiões mais frias neste processo utilizam o método chamado de chaptalização – Processo de acrescentar açúcar de cana ou de beterraba ao mostro do vinho, antes ou durante a fermentação, para aumentar a quantidade total de açúcar e assim elevar o potencial teor de álcool e leva o nome de seu criador Jean Antoine Chaptal em 1790.

Também são adicionados nesta etapa os conservantes que irão atuar como bactericida, antisséptico, microbicida e antioxidante.

Passamos adiante no processo, e chegamos a maceração pós fermentativa, que dura aproximadamente de 4 a dez dias, e o vinho já com álcool fica em contato com a casca e a polpa para retirar delas os elementos corantes e aromáticos do vinho.

A polpa e as cascas ficam flutuando nos tanques formando uma camadas a qual recebe o nome de chapéu, e ele deve sempre se manter úmido, e para isso ocorrer o próprio vinho é bombeados por sobre o chapéu denominando-se remontagem  e ou pode se fazer a pigeage quando o chapéu é forçado para baixo do mosto.

E não para por ai, as cascas são removidas e posteriormente vem a estabilização, que pode levar cerca de 6 meses, passando por no mínimo 3 tanques para que seja retirado toda borra que se de posita no fundo dos tanques.

E estamos chega ndo na fase de engarrafar o vinho, porém deve ser um processo tão importante quanto os outros, umas vez que pode-se influenciar no sabor, aroma e estrutura final. E uma vez engarrafado recomenda-se ficar algum tempo em descanso antes de sua comercialização.